Está sendo disponibilizado o vídeo com a exposição feita pela profª Dra Célia Landman (ICICT / FIOCRUZ) e debatida pelo prof. Dr. Heleno Correa, em novembro de 2015, na Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP/FIOCRUZ, sobre os métodos e resultados, assim como o significado da Pesquisa Nacional de Saúde , na seção sobre Acidentes de Trabalho. Ao final, uma pequena entrevista comigo.
O material estará disponível no site http://www.outrolhar.net/ a partir da próxima segunda-feira dia 28/12/2015, e em dois horários no Canal 6 da NET:
- Na segunda feira dia 28/12 às 21:00 h
- Na quinta-feira dia 31/12 às 24:00 h (ideal para quem tem medo de fogos de artificio, e para quem tá enjoado deles !! :-))
Reenvio abaixo texto que encaminhei em 30/09/2015 sobre a PNS-AT.
Com um abraço
Francisco Pedra
ENSP/FIOCRUZ
Boa tardeFoi disponibilizada a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo IBGE e FIOCRUZ, e coordenada pela prof Celia Landmann(ICICT/FIOCRUZ) e dra Debora Malta , coordenadora geral de Vigilância de Agravos e Doenças não Transmissíveis do Ministério da Saúde. a pesquisa é bem abrangente pelo conjunto de temas, e conduzida com consistência metodológica. Esta incluiu um módulo sobre acidentes eviolências, incluindo aqueles do trabalho, de nosso interesse primordial.
Segundo os dados apurados, ocorreram em 2013 5 milhões de "acidentes" de trabalho , melhor denominados LESÕES do trabalho. Segundo Deborah Malta, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e promoção da saúde do ministério, 86.000 casos anuais de lesões foram graves, ou provocaram mortes (O Globo, 21/06/2015). Link a seguirImpossível superestimar a importância dos resultados dessa pesquisa: trata-se da primeira e mais consistente pesquisa sobre o assunto em nossa história. O resultado produz impacto em quem se informa. Desde que a Saúde do Trabalhador se formou no Brasil há mais de 30 anos, temos a percepção clara de que os números de lesões e eventos provocados pela organização inadequada do processo de trabalho seria certamente bem superior aos numeros relatados pelos Ministérios da Previdencia e do Trabalho. Ainda assim também do Ministério da Saúde, malogrado na sua tentativa de superar a sub-notificação através do SINAN. Entretanto, a reação da sociedade e das instituições não corresponde à importância do problema.Fica demarcada assim uma fronteira na historia da saude do trabalhador no Brasil: antes e depois dessa pesquisa !! Antes, Ministérios e Instituições oficiais se prendiam a estimativas irreais, sempre com o viés de subdimensionar a gravidade do problema. Agora, vê-se claramente que uma imensa fração da nossa força de trabalho é estiolada a cada ano, com intenso desgaste para os trabalhadores e, em consequência, para a economia, de modo a submeter os trabalhadores a riscos desnecessarios e em larga escala, de modo a favorecer a extração de mais-valor pelo capital em margens devoradoras. São perdas EVITÁVEIS Isso define uma prioridade de maior importancia a este problema de saúdepública.O objetivo desta mensagem é informar às lideranças sindicais e profissionais da academia, e dos serviços as referencias para localizar essas informaçoes da PNS, e do Jornal O Globo.Mas também convidar a todos ou a quem puder representá-los para uma apresentação da Pesquisa por uma de suas coordenadoras - dra Celia Landmann, a se realizar na Escola Nacional de Saúde Pública / FIOCRUZ, no dia 04 de novembro de 2015, às 14 horas. O dr Heleno Correa aceitou participar do evento para contribuir no entendimento e análise desse material.Eu trago aqui a todos os representantes sindicais o chamado para organizar , em primeiro lugar, o debate e a divulgação desses dados, e adiante uma programação de ações para interessar e mobilizar as instituições e a sociedade como um todo para esta verdadeira tragédia silenciada intencionalmente, para ocultar a exploração intensa e verdadeiramente selvagem dos trabalhadores no Brasil. Temos um marco diante de nós, e devemos reagir de acordo com a gravidade da situação. O Brasil foi denunciado em todo o mundo como recordista em acidentes de trabalho nos anos 70, e a ditadura militar moveu iniciativas para reduzir, ou principalmente mascarar esse quadro de 2 milhoes de acidentes detrabalho, em uma população total de 90 milhões de habitantes. Temos então hoje uma situação praticamente inalterada, 40 anos depois, já que 5milhões de "acidentes" de trabalho para uma população de 200 milhões representa qualitativamente a mesma grave situação.
O Jornal Globo divulgou os dados, nos links:Os dados oficiais da pesquisa estão disponiveis nos links:
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