Entrevista do professor Ricardo Antunes
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Fim da escala 6 por 1 gera empregos sem prejudicar a produtividade
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“A redução de jornada de trabalho com o fim da escala 6 por 1 é vital para os trabalhadores, pois aumenta a qualidade de vida, diminui o adoecimento e é bom para a economia”, afirma Ricardo Antunes
Fotos: Acervo Pessoal (esq) | Tânio Rêgo/Agência Brasil (dir)
Reduzir a jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais (com o fim da escala 6 por 1) é tão possível como receber um salário mínimo pelo regime CLT, 13º salário, FGTS e ter o direito à licença-maternidade, por exemplo. Quem avaliza é uma das principais referências do país em sociologia do trabalho, pesquisador e professor titular do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ricardo Antunes.
Ele lembra que, no início da Revolução Industrial, as jornadas chegavam a 16, 18 horas por dia, mais que o dobro das atuais 44 semanais. Não havia praticamente nenhum dos direitos hoje garantidos por leis. As crianças trabalhavam, as mulheres não tinham licença-maternidade, as empresas diziam que iriam quebrar se fossem pagar 13º salário. “Mostrava um brutal vilipêndio daquela realidade”, afirma Antunes.
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