FUP denuncia ocorrência de 50 mortes em 5 anos na petrobrás e critica gestão de segurança na empresa.
O caso mais recente, no Espírito Santo, está apenas no início da investigação. Como todo caso de explosão / incêndio envolve dimensão técnica cujo esclarecimento mesmo se trabalhoso não tende a ser muito difícil caso se conte com a colaboração daqueles que conhecem os processos que estavam em curso assim como os recursos técnicos e humanos envolvidos e as condições em que estavam sendo utilizados. Em si, as respostas a essas questões levam a análise para aspectos sociais da organização do trabalho, dos processos de tomadas de decisões que explicam as origens das condições que levam ao acidente. Nesses processos é comum que as empresas assumam comportamentos de deliberativa tentativa de ocultação de informações e de criação de dificuldades de modo a não permitir a elucidação do ocorrido. Além disso, costumam associar tentativas de atribuição de culpa às próprias vítimas e, em último caso, tentar explicar o ocrrido como evento exclusivamente técnico, sem dimensões sociais. As condições envolvidas nas origens dos eventos presentes no acidente são jogadas para debaixo do tapete. Os fenômenos técnicos passam a ser aceitos como produtos de geração espontânea.
Quando investigados em profundidade esses acidentes se revelam com fenômenos organizacionais com dimensões técnicas e psicossociais. Os interessados neste tema que ainda não leram, devem ler o livro Acidente e a Organização, de Michel Llory e René Montmayeul, que está disponível para download na "biblioteca' da página deste Fórum
Abraços
"Paraíba" (Ildeberto M de Almeida)
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