Deu no Outra Saúde:
O apelo da Frente Pela Vida ao governo contra políticas neoliberais
A Frente pela Vida, que reúne profissionais e pesquisadores e movimentos de luta pela saúde pública de variadas especialidades, entregou cartas-manifesto a Alexandre Padilha e Flávio Dino, ministros das Relações Institucionais e da Justiça, respectivamente. No texto, o grupo expressa sua preocupação com a manutenção da agenda política e econômica eleita pelas urnas, sob permanente pressão dos dogmas impostos a partir de 2016 e que voltaram a se incrustar na administração pública. “Estamos apreensivos com a possibilidade de redução ou extinção dos pisos constitucionais previstos para áreas como saúde e educação. Igualmente, nos aflige a possibilidade do estabelecimento de tetos para investimentos nas áreas de saúde e seguridade social. Lutamos para que o projeto que emergiu das urnas seja implementado e para que o país abandone definitivamente os rumos ditados pelo neoliberalismo. Neoliberalismo que vem destruindo as políticas de bem-estar, concentrando renda e espalhando a miséria e a violência. Neoliberalismo responsável pelo fortalecimento de correntes políticas fascistas e protofascistas”, afirma o texto entregue à Padilha.
Pandemia, justiça e memória
Já na correspondência entregue a Flavio Dino, a Frente pela Vida pede o fim da guerra às drogas e da violência estrutural do Estado brasileiro contra os grupos sociais historicamente marginalizados. E, no que se refere aos crimes da pandemia cometidos pelo governo anterior, pediu o encaminhamento de indiciamentos da CPI da Pandemia e as devidas punições, além de um memorial de vítimas da covid, algo já anunciado pelo ministério da Saúde. “A Frente pela Vida contribuiu com a CPI da Covid aportando provas e valiosos detalhes técnicos, e, por isso, solicitamos que as causas para punir os responsáveis pelo excesso de 700.000 mortes sejam aceleradas. Apoiamos também a construção de um memorial às vítimas e reivindicamos a implementação célere de medidas de reparação e justiça, como a implementação de benefícios para os órfãos e viúvas da Covid. Uma nação soberana não se erigirá dentre as ruínas do esquecimento, senão do árduo trabalho da memória e da justiça”.
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