Sobre Impactos de saude de jornadas de trabalho prolongadas (os destaques sublinhados são nossos)
World
Long working hours are a killer, WHO study shows
(Para acessar reportagem com os links, click aqui)
Working long hours is killing hundreds of thousands of people a year in a worsening trend that may accelerate further due to the COVID-19 pandemic, the World Health Organization said on Monday.
In the first global study of the loss of life associated with longer working hours, the paper in the journal Environment International showed that 745,000 people died from stroke and heart disease associated with long working hours in 2016.
That was an increase of nearly 30% from 2000.
"Working 55 hours or more per week is a serious health hazard," said Maria Neira, director of the WHO's Department of Environment, Climate Change and Health.
"What we want to do with this information is promote more action, more protection of workers," she said.
The joint study, produced by the WHO and the International Labour Organization, showed that most victims (72%) were men and were middle-aged or older. Often, the deaths occurred much later in life, sometimes decades later, than the shifts worked.
Workers walk to work during the morning rush hour in the financial district of Canary Wharf in London, Britain, January 26, 2017. REUTERS/Eddie Keogh
It also showed that people living in Southeast Asia and the Western Pacific region -- a WHO-defined region which includes China, Japan and Australia -- were the most affected.
Overall, the study - drawing on data from 194 countries - said that working 55 hours or more a week is associated with a 35% higher risk of stroke and a 17% higher risk of dying from ischemic heart disease compared with a 35-40 hour working week.
The study covered the period 2000-2016, and so did not include the COVID-19 pandemic, but WHO officials said the surge in remote working and the global economic slowdown resulting from the coronavirus emergency may have increased the risks.
"The pandemic is accelerating developments that could feed the trend towards increased working time," the WHO said, estimating that at least 9% of people work long hours.
WHO staff, including its chief Tedros Adhanom Ghebreyesus, say they have been working long hours during the pandemic and Neira said the U.N. agency would seek to improve its policy in light of the study.
Capping hours would be beneficial for employers since that has been shown to increase worker productivity, WHO technical officer Frank Pega said.
“It’s really a smart choice not to increase long working hours in an economic crisis.”
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Repercussão: Jornadas de trabalho com mais de 55 horas semanais
repercussão dessa publicação da OMS. Em português
https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2021/05/17/trabalharde-mais-de-55-horas-por-semana-e-risco-serio-a-saude-diz-oms.htm
Resumo da notícia
OMS e pela OIT constatam que longas jornadas de trabalho estão relacionadas com um aumento de derrame e doenças cardíacas.
Estudo mostra que tal comportamento levou a 745 mil mortes por ano
Um estudo conduzido pela OMS e pela OIT constata que longas jornadas de trabalho estão relacionadas com um aumento de derrame e doenças cardíacas. Usando dados de 2016, as entidades constaram que tal comportamento levou a 745 mil mortes, um aumento de 29% em comparação aos dados de 2000.
Em uma primeira análise global da perda de vidas e saúde associada às longas horas de trabalho, a OMS e a OIT estimam que, naquele ano, 398 mil pessoas morreram de acidente vascular cerebral e 347 mil de doenças cardíacas como resultado de terem trabalhado mais de 55 horas por semana.
Entre 2000 e 2016, o número de mortes por doenças cardíacas devido a longas horas de trabalho aumentou em 42%, e por acidente vascular cerebral em 19%.
A taxa de expansão é particularmente significativa entre os homens. 72% das mortes ocorreram com essa população e uma parte substancial foi identificada no Sudeste Asiático e Pacífico. Trabalhadores de meia idade ou mais velhos são os vulneráveis. "A maioria das mortes registradas foi entre pessoas que morreram entre 60 e 79 anos, que tinham trabalhado 55 horas ou mais por semana entre 45 e 74 anos de idade", aponta a OMS.
De acordo com a agência, já se sabia que longas horas de trabalho já eram responsáveis por cerca de um terço da carga total estimada de doenças relacionadas ao trabalho. Agora, a constatação de que esse comportamento é um fator de risco.
"O estudo conclui que trabalhar 55 horas ou mais por semana está associado a um risco 35% maior de derrame e 17% maior de morrer de doença do coração, em comparação a uma jornada de 35-40 horas por semana", constata.
Segundo as entidades, o número de pessoas trabalhando longas horas está aumentando, e atualmente representa 9% da população total em todo o mundo. "Esta tendência coloca ainda mais pessoas em risco de incapacidade relacionada ao trabalho e morte prematura", diz.
O alerta da OMS ocorre num momento que, segundo ela, a pandemia da covid-19 tem levado a um aumento no tempo de trabalho.
"A pandemia da COVID-19 mudou significativamente a maneira como muitas pessoas trabalham", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "O teletrabalho tornou-se a norma em muitas indústrias, muitas vezes borrando os limites entre a casa e o trabalho", afirmou.
"Além disso, muitas empresas foram forçadas a reduzir ou encerrar as operações para economizar dinheiro, e as pessoas que ainda estão na folha de pagamento acabam trabalhando mais horas. Nenhum emprego vale o risco de derrame ou doença cardíaca. Governos, empregadores e trabalhadores precisam trabalhar em conjunto para acordar limites para proteger a saúde dos trabalhadores", completou.
"Trabalhar 55 horas ou mais por semana é um sério risco à saúde", acrescentou Maria Neira, diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial da Saúde. "É hora de todos nós, governos, empregadores e funcionários acordarmos para o fato de que longas horas de trabalho podem levar à morte prematura", defendeu.